
Criar um bom planejamento estratégico não é simples. Vai além de fazer previsões otimistas — envolve analisar a realidade da empresa, entender o cenário como um todo e usar ferramentas certas para tomar decisões com propósito.
Neste guia, você encontra um passo a passo prático, com foco no que realmente importa para empresas que querem ser mais eficientes, se alinhar internamente e tomar decisões de forma mais simples e inteligente.
1. Entenda onde a empresa está agora
Antes de tomar decisões, é preciso entender o ponto de partida. Para isso, usamos ferramentas como:
SWOT: identifica forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.
PESTEL: avalia fatores políticos, econômicos, sociais, tecnológicos, ecológicos e legais — importante para quem atua em ambientes instáveis ou com muita regulação.
📌 Exemplo: Uma empresa de tecnologia percebeu que dependia de poucos clientes grandes. Com isso, passou a diversificar seus produtos e canais de venda.
Ferramentas úteis: Canvas, entrevistas com a equipe, análise da concorrência, histórico de KPIs.
2. Estabeleça metas claras e mensuráveis
Use o método SMART:
Específicas
Mensuráveis
Atingíveis
Relevantes
Com prazo definido
📌 Exemplo: Em vez de dizer “aumentar o faturamento”, diga “crescer 20% em receita líquida até dezembro de 2025, com margem mínima de 15%”.
Evite metas vagas. Elas enfraquecem a estratégia.
3. Escolha o que fazer — e o que não fazer
Nem tudo pode ser prioridade. Ter estratégia é também saber dizer “não”.
📌 Exemplos de estratégia:
Automatizar processos para acelerar entregas;
Focar em nichos com menos concorrência e mais margem;
Reformular o time comercial com base em dados.
Como Michael Porter dizia: estratégia não é ser o melhor, e sim ser único.
4. Transforme a estratégia em plano de ação
A ideia vira prática com:
Cronograma claro;
Responsáveis e recursos definidos;
Indicadores de sucesso para cada ação;
Ferramentas como OKRs, KPIs ou Balanced Scorecard.
📌 Exemplo: Uma empresa que quer se digitalizar pode adotar ERP em nuvem, treinar o time em Power BI e usar IA nos atendimentos.
Sem isso, a execução vira bagunça.
5. Acompanhe e ajuste
Planos precisam de revisão. Faça avaliações mensais ou trimestrais com:
Dashboards com dados reais;
Indicadores de alerta;
Reuniões com foco em decisões, não só relatórios.
📌 Exemplo: Uma rede varejista passou a usar painéis por região. Em dois meses, otimizou o mix de produtos e reduziu perdas em 18%.
Conclusão
Estratégia não é sorte ou intuição. É uma prática guiada por dados, foco e disciplina. Quando a empresa escolhe bem, acompanha de perto e ajusta rápido, transforma metas grandes em resultados reais.
Simplicidade com profundidade leva a decisões melhores, mais rápidas e com menos desperdício.